sexta-feira, 22 de junho de 2012

Formação Portuguesa

Após o recente 2º Lugar da Selecção de Sub-20 no Mundial e com a Selecção AA a chegar ontem às Meias-Finais do Campeonato Europeu, chegamos à conclusão (que já todos sabíamos) que o jogador português é talentoso e capaz de singrar nos grandes palcos europeus e mundiais.

Porém, se virmos a equipa vice-campeã mundial, apenas 3 ou 4 jogadores jogaram, com regularidade, esta época, e na selecção principal, os denominados grandes portugueses usaram entre si, apenas 5 ou 6 jogadores lusos. Como se explica esta fraca aposta em jogadores nacionais e os resultados que temos? Apenas, com coragem e garra. Mas até isso daqui a uns anos, mais propriamente 5/6 anos, não nos bastará, pois a selecção principal será renovada. O jogador português precisa de espaço para amadurecer, e só o consegue fazer no estrangeiro, onde equipas no Chipre, por exemplo, conseguem ter mais jogadores nacionais que próprias equipas do nosso campeonato.

Ainda para mais, as Equipas B deveriam fomentar a aposta de jogadores portugueses, porém não faz divisão entre jogadores de formação nacionais ou estrangeiros (não querendo criar qualquer tipo de sentimento racista ou xenófobo).  

Por estas razões, MisterQueirós, avança com um esboço de algumas possíveis soluções a tomar no panorama nacional:

Liga Zon-Sagres

1º- Limite máximo de 27 inscrições na Liga, sendo que o plantel teria de ter no mínimo 5 jogadores formados no clube (ter jogado durante 3 anos entre os 15 e os 21 anos de idade); jogadores abaixo dos 19 anos não necessitam de ser inscritos.  

2º- Utilização obrigatória de, no mínimo, 6 jogadores portugueses no 11 inicial. Esta medida seria inserida de forma gradual, com 4 jogadores na próxima época, 5 na seguinte, e 6 na época 2014/2015. Assim teríamos durante o fim-de-semana, pelo menos, 96 jogadores nacionais a jogar, aumentando claramente o campo de recrutação da selecção nacional, sendo que cada plantel iria ter entre 12/14 jogadores lusos, como forma de prevenir lesões e/ou castigos.

3º- Limitar as transferências do exterior para 6, sendo que os jogadores sejam internacionais por qualquer escalão do seu país. Assim existe a obrigatoriedade da circulação interna financeira e selecção por parte dos clubes/dirigentes/treinadores nas contratações, acrescentando qualidade à nossa liga.

Liga Orangina

1º- Inscrição de 27 jogadores, sendo, no mínimo 14 portugueses, com 4 jogadores, no mínimo oriundos do escalão de formação, e 5 portugueses, outra vez no mínimo, no 11 inicial.

Equipas "B" e Escalões de Formação

1º Obrigatoriedade de usar, no mínimo, 8 jogadores nacionais.

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